sábado, 25 de fevereiro de 2012

Meus pulmões não são suficientes para abrigar todo o ar puro que quero guardar e levar comigo. Não o sinto sempre, por isso a vontade. Mas também não presencio sempre essa noite, não vejo sempre aquela estrela, a lua nem sempre me parece tão simpática. O ar, leve, entra por entre os caminhos que passam por dentro de mim e me mostram vida. Os pés soltos sobem e descem conforme o balanço da cadeira verde que, apesar de não ser tão confortável quanto a visão, é um apoio para apreciá-la. O livro no colo fechou-se por não receber tamanha atenção, e não é por minha culpa. Há tempos a concentração tem andado por outros caminhos. Caminhos distantes, desconhecidos, desejados. Os fones de ouvido já não emitem voz, apenas os toques de notas do piano e ondas do violino. As vozes da mente onírica já se faz completa. A noite é só um cenário propício, a cadeira um apoio físico para devaneios, a música sua trilha sonora, e os personagens...ao menos um se faz presente.

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