domingo, 8 de abril de 2012

Fora o sorriso mais bonito que já vi. Dado assim, não de graça, mas por pouco. Seu semblante parecia-me cansado, suponho que de fato o estava. Dia de verão, sol a pino, transeuntes que vem e vão, que passam e não olham, que olham e não enxergam. Pessoas que julgam e não conhecem, e que, na verdade, nem querem conhecer. No entanto, se conhecesse, o que poderiam fazer? Saberia se, por ventura, desse o trabalho de tentá-lo. O fato é que não dá, o tempo não lhes permite, a pressa do dia a dia mal os deixam olhar que horas são, que dia é, ou até mesmo as últimas notícias do trágico noticiário. Afinal, o tempo não tem andado, tem corrido. E no entretanto, não há chance de olhar para os lados, para baixo, para um sorriso dado por pouco, muito pouco.

domingo, 1 de abril de 2012

Mas que falta me faz a sutileza de seu toque adocicado de menina que acabou de acordar. O olhar terno diante do profano, duas janelas negras e cintilantes que disputam minha atenção com a boca avermelhada. Ah, e quanto a pele delicada de cor fria...Frieza essa que poderia ser o motivo de seu corpo por vezes tremer; mas não é. Me fazes querer te observar, e para sempre te observar.
Felizes todas essas lembranças seriam se não desejasse ouvir sua voz. Mas, afinal, o que há em ti que não desperta meu desejo? O que não conheço, bem sei. Tal como o beijo macio que não era cobiçado antes de ser provado.
Do toque cortante do violino, da tarde lírica de um domingo, dos pensamentos de um simples menino, te desejo.